Atividades Lúdicas nas aulas de Educação Física
Referências
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Primeira referência:
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Joana Elisabete Ribeiro Pinto GUEDES*
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Dartagnan Pinto GUEDES*
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Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, 11(1):49-62,
jan./jun. 1997
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Segunda referência:
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Lisandra Olinda Roberto Neves
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Resumo
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O propósito do estudo foi desenvolver uma análise quanto ao tipo das
atividades e ao nível de intensidade dos esforços físicos oferecidos aos
escolares durante as aulas de educação física, numa tentativa de estabelecer
relações com os objetivos direcionados à promoção da saúde. Foram analisadas
144 aulas de educação física, selecionadas aleatoriamente, de 15 diferentes
escolas da rede de ensino do 1o. e 2o. graus do município de Londrina,
Paraná, Brasil. O tipo das atividades foi verificada por intermédio de um
instrumento de observação direta, construído especificamente para essa
finalidade. O nível de intensidade dos esforços físicos foi controlado
mediante a monitorização da freqüência cardíaca. Os resultados encontrados
indicam que os escolares se ocuparam por um tempo excessivamente longo com
tarefas de organização e transição das atividades ministradas. As atividades
mais frequentemente selecionadas pelos professores envolveu a prática de
esportes. Foram oferecidas aos escolares poucas oportunidades de participar
em atividades voltadas ao desenvolvimento e ao aprimoramento da aptidão
física. Os professores responsáveis pelas aulas em nenhum momento recorreram
a exposição de conceitos teóricos associados à prática da atividade física
relacionada à saúde. O nível de intensidade dos esforços físicos
administrados aos escolares foi menor que o limite mínimo necessário para que
possa ocorrer adaptações funcionais voltadas a um melhor funcionamento
orgânico. Conclui-se que são necessárias modificações nos atuais programas de
educação física para que se possa levar os escolares a assumirem atitudes
positivas quanto à prática da atividade física relacionada à saúde.
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Neste artigo mostra o
resultado de uma pesquisa monográfica onde foram analisadas as propostas do
Lúdico no espaço escolar como facilitador da aprendizagem.
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Palavras-chaves
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Esforços físicos, professores, saúde, Lúdico,
aprendizagem, prática reflexiva.
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Link
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1-Tese
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Uma das principais preocupações da
comunidade científica, na área da educação física e da saúde pública, vem
sendo a busca de alternativas que possam auxiliar na tentativa de reverter a
elevada Incidência de distúrbios orgânicos associados à falta de atividade
física (Brodie & Birtwistle, 1990; Riddoch & Boreham, 1995; Sallis
& McKenzie, 1991). Resultados de alguns estudos têm procurado demonstrar
que, na sociedade atual, uma grande proporção da população jovem e de adultos
vem apresentando hábitos de vida que favorecem um cotidiano mais sedentário,
impedindo a realização de esforços físicos que possam garantir melhores
níveis de saúde biológica, psicológica e emocional (Barnekow-Bergkvist,
Hedberg, Janlert & Jansson, 1996; Pate, Long & Heath, 1994; Telema,
Laakso & Yang, 1994;).
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Além dos benefícios imediatos
atribuídos a realização de esforços físicos adequados na infância e na
adolescência, evidências apontam que as experiências positivas associadas à
prática de atividades físicas vivenciadas nessas idades se caracterizam como
importantes atributos no desenvolvimento de atitudes,
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Centro de Educação Física e
Desporto da Universidade Estadual de Londrina.
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Habilidades e hábitos que podem
auxiliar futuramente na adoção de um estilo de vida ativo fisicamente na idade
adulta (Kuh & Cooper, 1992; Powell & Dysinger, 1987; Sallis,
Simons-Norton, Stone, Corbin, Epstein.
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Uma resposta a essa situação tem sido
o desenvolvimento de iniciativas voltadas à redefinição do verdadeiro papel
dos programas de educação física escolar como meio de promoção da saúde nesse
particular, parece existir unanimidade entre as diferentes propostas quanto
ao atendimento de duas metas prioritárias promover experiências motoras que
possam repercutir satisfatoriamente em direção a um melhor estado de saúde,
procurando o surgimento de eventuais distúrbios orgânicos, e levar os
educandos a assumirem atitudes positivas em relação a prática de atividades
físicas para que se tornem ativos fisicamente não apenas na infância e na
adolescência, mas também na idade adulta
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2-Tese
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A idéia de pesquisar sobre o Lúdico
ocorreu durante o Curso de Pedagogia e Educação Física, quando foi ministrada
a disciplina Teoria e Prática de Recreação e Jogos. A idéia veio a ser
fortalecida no processo do curso. Os acadêmicos do curso de Pedagogia e
educação física, foram levados a perceber que o Lúdico pode estar presente
também em sala de aula sendo uma importante Metodologia no processo
ensino-aprendizagem, pois até então, resumiam o Lúdico somente às aulas de
Recreação e Educação Física.
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Essa pesquisa teve como objetivo geral:
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Verificar o espaço e as relações do Lúdico como facilitador da aprendizagem
na sala de aula.
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E como objetivos específicos:
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Verificar como é que o os professores percebem o Lúdico, quais suas
concepções;
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Analisar como o Lúdico é utilizado no plano de trabalho e na prática de sala
de aula;
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Verificar se há uma relação de interdisciplinaridade ou algum tipo de
integração com a Educação Física;
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A realização desta pesquisa justificou-se pelo fato de apesar das várias
propostas e ações existentes no âmbito da Educação, como projetos
educacionais, simpósios, seminários, programas de governo, percebe-se que os
resultados continuam insatisfatórios, o que demonstra a necessidade de
mudanças no contexto educacional, sendo assim, o professor torna-se um dos
principais, senão o mais importante protagonista dessa mudança. Portanto sua
formação e sua prática têm sido motivos de estudos.
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Artigos relacionados à pesquisa sobre o lúdico:
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Gadotti (1993, p. 80) comprova e discute a má qualidade do ensino no
Brasil em relação a outros países:
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"Há 30 anos
venho acompanhando a situação da escola e a deterioração que se deu de forma
acentuada no nosso país e na América Latina. Contudo, na América Latina, o
Chile, a Argentina, o México, ao lado de outros países como o Uruguai e a
Costa Rica, conseguiram avançar muito mais do que o Brasil. O grau de
escolaridade é muito maior nesses países. No Chile, o analfabetismo é de
apenas 2%, na Argentina, 3% e no México 5%, não se comparando com os índices
de 30% no Brasil".
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Snyders (S/D) defende a alegria na escola, vendo-a não só como
necessária, mas como possível.
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“A maior parte das crianças em
situação de fracasso são as de classe popular e elas precisam ter prazer em
estudar; do contrário, desistirão, abandonarão a escola, se puderem. (...)
Quanto mais os alunos enfrentam dificuldades de ordem física e econômica, mais
a Escola deve ser um local que lhes traga outras coisas. Essa alegria, não
pode ser uma alegria que os desvie da luta, mas eles precisam ter o estímulo
ao prazer. A alegria deve ser prioridade para aqueles que sofrem mais fora da
escola. (...)
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Libâneo (1996,p. 39) nos diz:
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“A
função da pedagogia “dos conteúdos” é dar um passo à frente no papel
transformador da escola, mas á partir de condições existentes. Assim, a
condição para que a escola sirva aos interesses populares é garantir a todos
um bom ensino, isto é, a apropriação dos conteúdos escolares que tenham
ressonância na vida dos alunos”.
“O lúdico deve estar em todos
os momentos presentes, porque torna o aprendizado mais prazeroso, utilizando
vários jogos e brincadeiras na sala de aula. Ao integrar com a Educação
Física, deve-se planejar, pensar atividades integradas que todos os alunos
participem.”
“O lúdico em sala de aula pode e deve ser
trabalhado em todas as atividades, pois é uma maneira de aprender/ensinar que
desperta prazer e assim a aprendizagem se realiza.”
“A partir do momento que
participei da disciplina de Educação Física, despertou em mim várias formas
de trabalhar com meus alunos, porque antes não tinha noção. Hoje vejo como o
lúdico é importante.”
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